quarta-feira, 22 de agosto de 2007

Private Equity: uma nova solução de financiamento

Os fundos de Private Equity surgiram nos EUA durante a II metade do séc. XX como forma de captação de recursos para a criação, expansão ou aquisição de empresas, numa época em que os detentores de capital estavam fortemente dependentes dos recursos familiares.
Trata-se de uma nova modalidade de financiamento para as PMEs com importância crescente para o mercado de capitais, uma vez que proporciona elevados benefícios para os investidores financeiros, para o desenvolvimento das empresas e para a economia no seu todo.
Esta modalidade consiste na criação de um Fundo de Investimento (FI), onde os investidores adquirem participações em PMEs, intervindo directamente na gestão, desenvolvendo soluções e estratégias que contribuem para a criação de valor na empresa.
Estes fundos procuram geralmente elevadas taxas de retorno, pelo que adquirem participações em empresas com grande potencial de crescimento, assumindo por sua vez também um risco mais elevado, em detrimento de uma menor liquidez presente por exemplo, em fundos de acções. Quando as empresas atingem determinado patamar de desenvolvimento, os FI´s revendem as suas participações a médio e longo prazo, com consequente realização de ganhos expressivos. O período de permanência deste tipo de fundo numa empresa, desde a aquisição de uma participação, maturidade do investimento e subsequente venda da participação ronda sensivelmente os três anos.
As grandes vantagens da entrada destes fundos na empresa advêm da elevada experiência dos investidores, aliada à participação directa na gestão, permitindo maximizar o valor da empresa.
A HM Consultores tem vindo a assessorar os seus clientes em dois tipos de operações: Venture Capital e Buyout. Nos Venture Capital procura-se dar apoio ao projecto nas suas fases iniciais, e, quando a empresa atinge determinado patamar de maturação, o fundo retira-se, tendo a empresa criado capacidade para enfrentar sozinha o mercado.
Nos Buyouts, operações de compra de empresas financiadas por fundos específicos, a HM intermedeia na transferência da propriedade dos detentores iniciais de capital para outros possíveis investidores.
Nos últimos 10 anos, o Private Equity movimentou cerca de 800.000 milhões de dólares, sendo que 500.000 foi a partir de 1999. A maior parte destas operações, sensivelmente 75%, tiveram lugar nos EUA, mas na Europa o seu número também tem vindo a crescer.
Em Portugal, tem-se concretizado alguns investimentos em Private Equity, sendo o Estado e a banca as fontes de financiamento mais dominantes.

Dr.ª Maria João Oliveira, Economista
Coordenadora da Área de Corporate Finance da
HM Consultores
geral@hmconsultores.pt

O que é o design? O que faz um designer?

Estas são perguntas habituais no dia a dia empresarial português. As respostas? As respostas geralmente são… “O design serve para fazer uns bonecos. O designer é aquele que faz uns bonecos.”
Basicamente existe um profundo desconhecimento em Portugal sobre o que é o design e, apesar de algumas empresas já recorrerem a serviços de design, muitas não o fazem, pois a ignorância subsiste, leva-as a não relevarem as vantagens e benefícios duma intervenção estruturada e profissional do design enquanto função empresarial.
Acima de tudo, o design procura dar resposta a problemas, elevar o padrão da qualidade e notoriedade dos produtos das empresas, promover ao seu posicionamento, identidade e valores. Tanto a nível gráfico, como a nível industrial, os produtos portugueses sofrem dum deficit de incorporação e valorização pelo design, traduzindo-se, em alguns casos, numa perda de competitividade, principalmente no confronto directo com concorrentes estrangeiros. De que adianta ter um produto fantástico se a nossa identidade corporativa e a apresentação do mesmo é nula, não transmitindo os valores e posicionamento da marca? E o contrário? Se tivermos uma boa identidade corporativa, mas os produtos forem “sofríveis”, do que serve a boa imagem?
É nesta vertente que a HM Consultores aposta, isto é, levar a qualidade do design a todos os pontos da empresa. O processo de design é complexo e envolve um estudo prévio de todas as condicionantes para se obter um resultado de qualidade e acima de tudo válido. Uma empresa não pode ignorar a imagem que transparece para o exterior, até porque essa imagem vai reflectir-se, como tudo, na forma como é percepcionada e interpretada na mente das pessoas, dos clientes, dos consumidores e daqueles a quem quer chegar. O designer não deixa nenhum elemento de fora, ao contrário de algumas das soluções encontradas para o substituir. Em Portugal vive-se um pouco da ideia do “porque é que vou pagar isto tudo se tenho um sobrinho, ou um primo ou alguém conhecido, que tem “jeito para a coisa” e me faz isto por meia dúzias de tostões”.
Imagine-se outra situação: Precisa de se fazer um edifício. Quem se vai contactar? O sobrinho que tem um jeito para o desenho e até desenha umas coisas “giras” ou um arquitecto? No caso do design é igual, temos que recorrer a quem tem formação para fazer as coisas correctamente. Design não é fazer umas coisas giras… é fazê-las bem, de forma pensada, estruturada e funcional. Não se vai utilizar uma cor ou um material porque fica bem, mas sim porque segundo o estudo que se fez estas são as escolhas acertadas.
Vamos começar a revolucionar o design em Portugal, subindo a nossa qualidade de vida e a qualidade dos nossos produtos. A HM Consultores pode ajudar em todo este processo e adaptar as empresas a novas realidades e processos para enfrentar novos desafios utilizando para isso o design.
E sim, também fazemos bonecos.

David Martins, Designer
Coordenador da Área de Design & Comunicação da
HM Consultores