terça-feira, 13 de novembro de 2007

Qualidade é uma filosofia de gestão

“Qualidade é um estado de espírito, a única forma de viver os negócios, uma verdadeira filosofia de gestão.” (1)

Qualidade, porquê?

Ao longo do tempo os consumidores e os mercados tornaram-se cada vez mais exigentes e educados. Como resultado desta evolução, a competitividade tendeu a elevar-se e a encarregar-se de fazer a distinção entre o trigo e o joio. Nesse sentido, as empresas e os serviços que não se pautem por padrões de excelência e por parâmetros de qualidade apertados, terão irreversivelmente os seus “dias contados”, seja qual for o sector, a longevidade da empresa ou o local onde opere.
Pode mesmo dizer-se que, a Qualidade não é um luxo, mas sim uma questão de sobrevivência!

O que leva as empresas a implementar os seus sistemas de qualidade?

Várias razões podem ser apontadas para a implementação deste tipo de sistemas nas empresas, nomeadamente, imposições legais, exigências dos clientes, factores competitivos, estratégias de marketing, maior organização interna, entre outros. No entanto, aquele que me parece ser o argumento de maior peso, é o receio que as empresas sentem de perder competitividade relativamente às suas demais concorrentes e o sentido da necessidade de aumentarem essa competitividade, garantindo uma boa imagem junto do cliente.

Os níveis tecnológicos, as competências humanas e os padrões de qualidade exigidos, quer a nível nacional, como também internacionalmente, são cada vez mais elevados. No grande mercado global dos tempos actuais, a qualidade dos produtos e serviços passou a ser umas das preocupações centrais de qualquer empresa, por esse facto, para satisfazer um cliente há que lhe oferecer um produto/serviço adaptado às suas necessidades e expectativas, a um preço justo e com garantias de qualidade.

É importante, que tecido empresarial português se mantenha alerta e perceba que o grande factor de competição e reconhecimento, se prende com a adopção de práticas de excelência, que possam dar garantias de qualidade reconhecidas universalmente para os seus produtos e serviços, relações de qualidade/preço apelativas e organizações internas eficazes.
Portugal é maioritariamente constituído por pequenas e médias empresas, que não têm capacidade de produzir em larga escala e que são incapazes de competir, em termos de volume de produção, com os “gigantes” do mercado alargado. Nesse sentido, a chave para o sucesso reside na diferenciação e na aposta em elevados padrões de qualidade, que permitam colocar a “Marca Portugal” entre as melhores e assim chegar a nichos de mercado mais exigentes.
O QREN – Quadro de Referência Estratégico, cujos primeiros regulamentos já estão publicados, contempla apoios financeiros às PME’s para a implementação e certificação de sistemas de gestão da qualidade e sistemas de gestão pela qualidade total, designadamente através do Sistema de Incentivos à Qualificação e Internacionalização de PME.

(1) In “Qualidade, uma filosofia de gestão”, pg 15, Cruz, C.V. e Carvalho, O., Texto Editora, Lisboa



Eng. Beatriz Cravo, Consultora da Área de Sistemas da Qualidade da HM Consultores

terça-feira, 30 de outubro de 2007

Façam o favor de inovar e internacionalizar!

A inovação é cada vez mais a chave do desenvolvimento sustentado das empresas, o factor diferenciador que pode ditar o sucesso ou o fracasso do meio empresarial português. No entanto, a inovação continua a ser para muitos empresários, um conceito vago e apenas ao alcance das grandes empresas ou as multinacionais.

Mas afinal o que é a inovação? Segundo o Manual de Oslo, publicado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), inovação é a implementação de um produto (bem ou serviço) novo ou significativamente melhorado, ou um processo, ou um novo método de marketing, ou um novo método organizacional nas práticas de negócios, na organização do local de trabalho ou nas relações externas.

Este ano o IPQ – Instituto Português da Qualidade publicou um conjunto de referenciais normativos dedicados às actividades de Investigação, Desenvolvimento e Inovação. As empresas têm assim disponível uma ferramenta importante para orientar a definição da sua política de inovação, bem como estruturar, organizar, planear e controlar as actividades, processos, recursos, …, enfim implementar um sistema de gestão da Inovação.
Por outro lado, do QREN – Quadro de Referência Estratégico já são conhecidos os três regulamentos de incentivos para as empresas, designadamente:

o Sistema de Incentivos à Inovação;
o Sistema de Incentivos à Investigação e Desenvolvimento Tecnológico;
o Sistema de Incentivos à Qualificação e Internacionalização de Pequenas e Médias Empresas.

É clara a aposta na Inovação e no I&DT, abrindo-se uma excelente oportunidade para as empresas poderem receber incentivos financeiros, nomeadamente na modalidade de não reembolsável, vulgo fundo perdido, para implementação projectos e instalação de actividades neste âmbito. O contexto para o desenvolvimento da competitividade da economia Nacional para os próximos anos far-se-á através da Inovação e Internacionalização, na perspectiva de alavancagem a prazo o seu crescimento para taxas mais animadoras que as actuais. O ambiente externo é favorável à inovação, é incontornável esta orientação. As empresas têm disponíveis diversas opções de desenvolvimento, mas existem duas que devem ser encaradas como oportunidade: a inovação e a internacionalização. Face a este panorama favorável à iniciativa empresarial, a HM Consultores tem vindo a preparar-se para esta mudança, desde o Plano Tecnológico e a Agenda de Lisboa, estando actualmente apta a apoiar as empresas não só ao nível das candidaturas aos referidos sistemas de incentivos, mas também no apoio à inovação e internacionalização, que passa inclusivamente pela descodificação dos conceitos e processos. Portanto façam favor de inovar e internacionalizar!

Gustavo Tavares Coordenador da Área de "Projectos & Investimentos" da HM Consultores

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Miopia empresarial

Continuamos a sofrer de miopia empresarial, presos à dificuldade em olhar para o futuro, mais precisamente em visualizar o futuro com interacção do presente. Convenhamos que o exercício prospectivo é deveras complexo e serão poucos os iluminados, mas a questão que aqui se pretende focar consiste na outra opção: a imediatista e de curto prazo. Esta sim, mais característica da acção de boa parte das empresas nacionais (em Portugal existem mais de 200.000 PME). Efectivamente muitas das decisões operacionais e tácticas que são tomadas estão desligadas da estratégia, por esta simplesmente não existir (quantos saberão de estratégia empresarial?, qual a visão ou missão da empresa e como se traduz na actividade do dia-a-dia?), ou, a existir, por estar limitada ao interesse pessoal e visão dos principais shareholders e ser claramente desconhecida dos stakeholders. A centralização das decisões na obtenção de resultados imediatos e não nos de longo prazo é preocupante. Naturalmente que o risco, que aumenta com a incerteza, ganha forma mais evidente na tomada de decisão a longo prazo do que na de curto prazo (“nunca se sabe como será o dia de amanhã”), mas uma visão de longo prazo, sustentada por uma orientação estratégica clara, potencia e facilita a obtenção de resultados comparativamente melhores e superiores, mais rentáveis e lucrativos. Tradicionalmente a visão míope determina uma acção de gestão operacional desalinhada e desconcertada, focada em torno de conceitos subjectivos e presos ao senso comum do decisor/gestor, e muitas vezes amarrada à própria função financeira e ao acto compulsivo de corte de despesas. Penalizados por esta forma de actuar ficam as acções e os investimentos concertados nos factores dinâmicos de competitividade, como sejam a formação das pessoas, a qualidade do produto e dos processos, a Investigação e Desenvolvimento, o design, o marketing, …

É fundamental desenvolver a estratégia como competência nuclear da gestão e decisão empresarial. Comecemos simplesmente por retirar (absorver, apreender,...) das universidades os conceitos e ensinamentos da gestão estratégica e aplicá-los directamente nas empresas.
Nestes últimos anos, a apatia generalizada duma economia portuguesa que não cresce, não trouxe nada de novo ou inovador, e a mudança profunda, estruturante e generalizada na gestão das empresas e na sua orientação estratégica, nunca mais acontece. Temos que traçar objectivos, desenvolver processos mais eficientes, medir o desempenho, reduzir os custos das operações e eliminar aquelas sem valor, internacionalizar, apostar no design, na investigação, na inovação, etc., etc., e nunca esquecer o orientação estratégica da empresa, o seu perfil competitivo e as suas forças condutoras. Por vezes é importante parar e cogitar sobre o futuro e o mundo que nos rodeia, compararmos aquilo que fazemos, com o que queremos ser, e sermos críticos com o caminho que já trilhamos, no sentido de nos levar ao lugar que desejamos, é esse pelo menos o meu conselho!

Eng. Lúcio Baltazar M. R. Trigo
Director-Geral da HM Consultores

É preciso ter paciência...

Mas, paciência não é ficar parado à espera... à espera que a conjuntura evolua e desenvolva o nosso negócio!

Paciência é a sabedoria de recorrer aos profissionais que nos podem ajudar, nas áreas que menos dominamos, mas que são vitais para o sucesso!

É aqui que entra o Marketing. Não o que o comum mortal entende por Marketing, não o que muitos vendem “como Marketing”.
Aqui entra o marketing como estratégia delineada do pensamento criativo, inovador e transversal, que tanta falta faz no tecido empresarial português e, mais concretamente, ao tecido empresarial do distrito de Aveiro.

Procurar soluções...parcerias que possibilitem crescer? Definitivamente, SIM!

Mas procurar no local certo, nos profissionais competentes com experiência que não nos “vendam” contas de matemática, mas sim soluções personalizadas, adaptadas às nossas necessidades, objectivos e recursos disponíveis.

Vender gato por lebre não é Marketing!

Conhecer o mercado, antecipar a sua evolução, adequar estratégias, aplicar acções e, fundamentalmente, estar preparado para a mudança e alteração do rumo traçado, isto sim é Marketing.

O marketing ganha força na gestão como uma nova atitude – a atitude de marketing - que leva as organizações a preocuparem-se com a procura de soluções (produtos, serviços) que satisfaçam as necessidades dos clientes.

O marketing despertou nas empresas a necessidade de focar a atenção no cliente como parte interessada no seu negócio. O que significa estudar o mercado, descobrir detalhadamente a necessidade de cada cliente para lhe oferecer uma solução (produto/serviço) adequada e baseada numa permuta equilibrada, num relacionamento win win. Isto significa, em marketing, partir do diagnóstico da situação para o desenvolvimento dos planos de acção.

A evolução das sociedades e, sobretudo, a evolução da sociedade da informação colocaram às empresas e às organizações em geral, novos desafios: as empresas preocupam-se com as questões ambientais, a segurança alimentar, o bem-estar social e, como parceiros sociais relevantes, desempenham um papel importante para garantir as respostas convenientes a estas preocupações.

Com mais de duas décadas de experiência em consultoria, comprovada pelos nossos clientes, a HM Consultores está apta a criar/desenvolver uma parceria com os empresários que pretendam evoluir numa óptica de marketing, ou seja, que pretendam atingir o sucesso, maximizando os seus recursos e potencializando as suas competências centrais.

Dr.ª Susana Castelo Branco
Coordenadora da Área de Marketing e Vendas da HM Consultores

quarta-feira, 22 de agosto de 2007

Private Equity: uma nova solução de financiamento

Os fundos de Private Equity surgiram nos EUA durante a II metade do séc. XX como forma de captação de recursos para a criação, expansão ou aquisição de empresas, numa época em que os detentores de capital estavam fortemente dependentes dos recursos familiares.
Trata-se de uma nova modalidade de financiamento para as PMEs com importância crescente para o mercado de capitais, uma vez que proporciona elevados benefícios para os investidores financeiros, para o desenvolvimento das empresas e para a economia no seu todo.
Esta modalidade consiste na criação de um Fundo de Investimento (FI), onde os investidores adquirem participações em PMEs, intervindo directamente na gestão, desenvolvendo soluções e estratégias que contribuem para a criação de valor na empresa.
Estes fundos procuram geralmente elevadas taxas de retorno, pelo que adquirem participações em empresas com grande potencial de crescimento, assumindo por sua vez também um risco mais elevado, em detrimento de uma menor liquidez presente por exemplo, em fundos de acções. Quando as empresas atingem determinado patamar de desenvolvimento, os FI´s revendem as suas participações a médio e longo prazo, com consequente realização de ganhos expressivos. O período de permanência deste tipo de fundo numa empresa, desde a aquisição de uma participação, maturidade do investimento e subsequente venda da participação ronda sensivelmente os três anos.
As grandes vantagens da entrada destes fundos na empresa advêm da elevada experiência dos investidores, aliada à participação directa na gestão, permitindo maximizar o valor da empresa.
A HM Consultores tem vindo a assessorar os seus clientes em dois tipos de operações: Venture Capital e Buyout. Nos Venture Capital procura-se dar apoio ao projecto nas suas fases iniciais, e, quando a empresa atinge determinado patamar de maturação, o fundo retira-se, tendo a empresa criado capacidade para enfrentar sozinha o mercado.
Nos Buyouts, operações de compra de empresas financiadas por fundos específicos, a HM intermedeia na transferência da propriedade dos detentores iniciais de capital para outros possíveis investidores.
Nos últimos 10 anos, o Private Equity movimentou cerca de 800.000 milhões de dólares, sendo que 500.000 foi a partir de 1999. A maior parte destas operações, sensivelmente 75%, tiveram lugar nos EUA, mas na Europa o seu número também tem vindo a crescer.
Em Portugal, tem-se concretizado alguns investimentos em Private Equity, sendo o Estado e a banca as fontes de financiamento mais dominantes.

Dr.ª Maria João Oliveira, Economista
Coordenadora da Área de Corporate Finance da
HM Consultores
geral@hmconsultores.pt

O que é o design? O que faz um designer?

Estas são perguntas habituais no dia a dia empresarial português. As respostas? As respostas geralmente são… “O design serve para fazer uns bonecos. O designer é aquele que faz uns bonecos.”
Basicamente existe um profundo desconhecimento em Portugal sobre o que é o design e, apesar de algumas empresas já recorrerem a serviços de design, muitas não o fazem, pois a ignorância subsiste, leva-as a não relevarem as vantagens e benefícios duma intervenção estruturada e profissional do design enquanto função empresarial.
Acima de tudo, o design procura dar resposta a problemas, elevar o padrão da qualidade e notoriedade dos produtos das empresas, promover ao seu posicionamento, identidade e valores. Tanto a nível gráfico, como a nível industrial, os produtos portugueses sofrem dum deficit de incorporação e valorização pelo design, traduzindo-se, em alguns casos, numa perda de competitividade, principalmente no confronto directo com concorrentes estrangeiros. De que adianta ter um produto fantástico se a nossa identidade corporativa e a apresentação do mesmo é nula, não transmitindo os valores e posicionamento da marca? E o contrário? Se tivermos uma boa identidade corporativa, mas os produtos forem “sofríveis”, do que serve a boa imagem?
É nesta vertente que a HM Consultores aposta, isto é, levar a qualidade do design a todos os pontos da empresa. O processo de design é complexo e envolve um estudo prévio de todas as condicionantes para se obter um resultado de qualidade e acima de tudo válido. Uma empresa não pode ignorar a imagem que transparece para o exterior, até porque essa imagem vai reflectir-se, como tudo, na forma como é percepcionada e interpretada na mente das pessoas, dos clientes, dos consumidores e daqueles a quem quer chegar. O designer não deixa nenhum elemento de fora, ao contrário de algumas das soluções encontradas para o substituir. Em Portugal vive-se um pouco da ideia do “porque é que vou pagar isto tudo se tenho um sobrinho, ou um primo ou alguém conhecido, que tem “jeito para a coisa” e me faz isto por meia dúzias de tostões”.
Imagine-se outra situação: Precisa de se fazer um edifício. Quem se vai contactar? O sobrinho que tem um jeito para o desenho e até desenha umas coisas “giras” ou um arquitecto? No caso do design é igual, temos que recorrer a quem tem formação para fazer as coisas correctamente. Design não é fazer umas coisas giras… é fazê-las bem, de forma pensada, estruturada e funcional. Não se vai utilizar uma cor ou um material porque fica bem, mas sim porque segundo o estudo que se fez estas são as escolhas acertadas.
Vamos começar a revolucionar o design em Portugal, subindo a nossa qualidade de vida e a qualidade dos nossos produtos. A HM Consultores pode ajudar em todo este processo e adaptar as empresas a novas realidades e processos para enfrentar novos desafios utilizando para isso o design.
E sim, também fazemos bonecos.

David Martins, Designer
Coordenador da Área de Design & Comunicação da
HM Consultores

terça-feira, 24 de julho de 2007

Custos da Qualidade


“A Qualidade é de graça!
Não é uma oferta, mas é de graça!
O que custa dinheiro, é a falta de Qualidade, não fazer bem à primeira vez!”
Philip B. Crosby
No âmbito da actividade de implementação de sistemas de gestão da qualidade da HM Consultores temos encontrado inúmeros exemplos de custos organizacionais associados à falta de qualidade, que resultam, em boa medida, na ausência de método e sistematização da actividade.
Infelizmente, ainda existe um franja alargada de empresas que não possuem metodologias adequadas de definição e monitorização dos seus indicadores de gestão, não conhecendo, entre outros aspectos, a mais básica abordagem empresarial, implícita na adequada consciencialização da sua situação económico-financeira!.
É certo que algumas entidades já registam e acompanham as reclamações dos seus clientes, bem como as não conformidades detectadas ao longo da cadeia de valor, em particular durante a produção, em curso de fabrico ou no produto final, mas quantas já calculam o custo associado a essas ocorrências? Quem é que se preocupa verdadeiramente em custear as intervenções nos seus equipamentos produtivos? Muitas vezes baseiam-se nos relatórios de serviço de entidades subcontratadas e respectivas facturas, mas não contabilizam as horas de paragem não programada dessas mesmas máquinas, nem tão pouco a intervenção curativa efectuada pelos operadores internos da empresa. Mais grave ainda, é constatar que existem organizações que não efectuam um adequado controlo de recepção dos materiais/matérias-primas encomendadas ao seu fornecedor, tornando-se mais caótico este controlo quando se trata de uma simples prestação de serviço. A HM Consultores tem vindo a desenvolver uma metodologia de trabalho que possibilita a implementação de Sistemas de Gestão da Qualidade, eficazes, simples, organizados e adequados às reais necessidades da empresa, que garanta a médio prazo, o acompanhamento dos seus indicadores de gestão e a respectiva tomada de decisão, sempre que os mesmos se desviem dos objectivos traçados, assegurando a continuidade e competitividade da organização de uma forma eficiente e equilibrada.
E uma vez que “o dinheiro fala” nada melhor que desenhar esses mesmos indicadores sob a forma de custos associados aos processos, para sensibilizar as partes envolvidas e determinar o melhor caminho a seguir no curto, médio e longo prazo.

Eng.ª Cláudia Figueiredo
Coordenadora da Área de Sistemas da Qualidade da
HM Consultores

terça-feira, 10 de julho de 2007

Gestão por Objectivos - a nova velha prática de gestão

“O desenvolvimento do País exige uma Administração Pública norteada por objectivos de serviço ao cidadão, às comunidades e às empresas, estruturada segundo modelos flexíveis, dirigida com responsabilidade e dispondo de recursos humanos mobilizados e qualificados”, assim começa a Resolução do Conselho de Ministros n.º 53/2004, de 21 de Abril, que veio operacionalizar a reforma da Administração Pública. As áreas de actuação operacionais identificadas, no âmbito da reforma, foram: a Instituição de uma lógica de Gestão por Objectivos (GPO), a cada nível hierárquico; a Revisão das atribuições e orgânicas do Estado e da Administração Pública; a Melhoria da qualidade dos serviços prestados; e a Revitalização do Programa de Formação e Valorização para a Administração Pública.
Hoje, vamos abordar a Gestão por Objectivos, ficando a promessa de abordar as restantes áreas o mais breve possível.
Para começar: o que é a Gestão Por Objectivos? A GPO é uma metodologia de gestão, apresentada nos anos 50 por Peter Drucker em que, pesem embora as diversas definições apresentadas na literatura especializada, poderá ser descrita como um processo participado, por meio do qual, avaliadores e avaliados de uma organização, pública ou privada, identificam em conjunto objectivos colectivos e individuais, definem áreas vitais de actuação e resultados a alcançar, usando medidas como guias de orientação para as diversas unidades orgânicas, estabelecendo as contribuições para cada um dos membros envolvidos. As vantagens da adopção da GPO são de vária ordem, comummente aceites e passam pelo alinhamento dos objectivos individuais com as necessidades estratégicas da organização; pela focalização de cada individuo no que deve fazer, em oposição ao como deve fazer e pela melhoria dos níveis de motivação entre os colaboradores. Mas para que isto aconteça é necessário conhecer a estratégia da organização, gerar compromissos de realização dos objectivos, assegurar a harmonização dos objectivos ao nível vertical e horizontal, não fixar objectivos problemáticos e assegurar as condições de objectividade nos indicadores de medida.
De que forma, então, se está a promover a “instituição de uma lógica de Gestão por Objectivos” na Administração Pública? É através do Sistema Integrado de Avaliação do Desempenho da Administração Pública (SIADAP), Lei n.º10/2004, de 22 de Março. O SIADAP destina-se à avaliação do desempenho dos seus funcionários, agentes e demais trabalhadores, dos dirigentes de nível intermédio e organismos da administração directa do Estado e dos institutos públicos. O sistema prossegue um conjunto de objectivos, de que se destacam: promover a excelência e a melhoria contínua dos serviços prestados aos cidadãos e à comunidade; promover a busca da melhoria contínua dos níveis de produtividade e eficiência; fomentar uma cultura de exigência, motivação e reconhecimento de mérito; potenciar o trabalho em equipa, promovendo a comunicação e cooperação entre serviços, dirigentes e trabalhadores; fomentar oportunidades de mobilidade e progressão profissional de acordo com a competência e o mérito demonstrados; identificar as necessidades de formação e desenvolvimento profissional adequadas à melhoria de desempenho e fortalecer as competências de liderança e de gestão.
Porém, e apesar de todos reconhecerem que o anterior sistema de avaliação de desempenho era artificial e injusto e que o novo sistema tem virtudes, a introdução deste novo modelo de avaliação de desempenho dos funcionários revelou-se um processo complexo e difícil, não se sabendo ao certo quantos organismos do Estado implementaram efectivamente o SIADAP até 2006. As razões para este facto não se limitam à normal resistência à mudança. Existem factores inerentes à Administração Pública, como sejam, a rigidez, os “silos verticais”, a descoordenação e a burocracia, bem conhecidos de todos nós, e outros factores inerente aos próprio modelo, que também não é perfeito, que muito contribuíram para aquele facto. Mas as coisas têm e estão a mudar: o modelo do SIADAP está agora em processo de revisão e quanto aos restantes factores é fundamental que a definição dos objectivos estratégicos seja feita pelos órgãos máximos dos organismos e deve ser promovido o envolvimento profundo de toda a estrutura hierárquica na definição e controlo dos objectivos.
Quanto a nós, HM Consultores, procuramos através da nossa intervenção assegurar que estão reunidas as condições necessárias ao desenvolvimento da Gestão por Objectivos e que no final de cada ciclo de avaliação o SIADAP seja cada vez mais encarado como uma ferramenta de gestão e não uma mera obrigação legal!

Eng.ª Luísa Caires
Coordenadora da Área de Desempenho Organizacional da HM Consultores

segunda-feira, 25 de junho de 2007

Formação: Aposta estratégica do QREN

O fim do III Quadro Comunitário de Apoio (QCA) deixou antever os traços gerais que viriam a estar na génese do novo Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN), em particular a aposta na qualificação dos recursos humanos. Ao longo dos 3 QCA foram aplicados muitos milhões de euros em formação, sem que na prática os resultados justificassem o porquê desta aposta. Foram desenvolvidos milhares de programas de formação, muitos deles gratuitos, onde no fim se contabilizava o número de horas de formação discriminadas por sexo, faixa etária e situação dos formandos perante o emprego. As mudanças verdadeiramente estruturais que seriam desejáveis, quer no incremento (e certificação) de competências técnicas, ou em mudanças organizacionais acompanhadas por programas de reciclagem e aperfeiçoamento, apenas nos últimos anos tiveram o carácter prioritário que desde o início deveriam ter tido.
O novo Programa Operacional Potencial Humano (POPH) retira da análise dos anteriores QCA uma série de fragilidades que se desejam ver corrigidas até 2013. A comparação com a média da União Europeia dos 25 coloca Portugal ligeiramente acima em apenas 1 de 10 indicadores estruturais de avaliação de recursos humanos: a taxa de emprego. Não deixa de ser curioso que estando Portugal atrás da média europeia em indicadores como produtividade horária, emprego em média e alta tecnologia, adultos com ensino secundário ou desigualdade de rendimentos, apresente uma taxa média de empregabilidade superior à União Europeia.
É com base nesta realidade que é traçada a aposta nacional no POPH: qualificação inicial; reconhecimento, validação e certificação de competências adquiridas ao longo da vida; apoio à transição para a vida activa; aposta em metodologias activas de formação-consultoria nas organizações e, formação avançada.
Numa dimensão geográfica nacional, todo o território poderá usufruir de apoios neste domínio. Apenas a região de Lisboa e Vale do Tejo, por se encontrar dentro do objectivo de competitividade (o restante território ainda se encontra no objectivo convergência) do QREN, poderá apresentar algumas limitações na incidência dos apoios e tipologias de intervenção.
O POPH prevê a aplicação em 6 anos de mais de 8 mil milhões de euros, 70% dos quais financiados pelo Fundo Social Europeu (FSE). A este valor, há igualmente que considerar a complementaridade das rubricas de formação profissional em projectos integrados com os restantes Programas Operacionais, designadamente o Programa Operacional de Factores de Competitividade (ex-PRIME) e Programa de Desenvolvimento Rural (ex-POAgro), que passam a ser financiados pelos respectivos fundos estruturais (FEDER e FEADER).
Podemos portanto verificar que estamos perante um esforço inequívoco na afirmação, por ventura já algo tardia, da qualificação dos recursos humanos como factor estratégico de competitividade. Portugal tem nesta área uma desvantagem competitiva clara quando comparada com a restante União Europeia que urge ser corrigida. Há um grande caminho a percorrer, a começar na alteração da óptica de “custo” para a óptica de “investimento” na aposta em formação profissional. Que não haja dúvidas: recursos humanos mais qualificados significam maior competitividade e factor de diferenciação, quer na afirmação das nossas marcas, quer na captação de investimento estrangeiro. O QREN é a última oportunidade de ouro que Portugal não pode desperdiçar.

Francisco Simões Dias
Coordenador da Área de Formação Profissional da
HM Consultores

quarta-feira, 20 de junho de 2007

Ouro de Bruxelas

Numa altura em que se aguarda com expectativa a abertura dos sistemas de incentivos do novo quadro comunitário de apoio, agora baptizado Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN), multiplicam-se as vozes a favor e contra os usualmente intitulados "fundos comunitários".
Esta divergência de pontos de vista acentua-se quando falamos dos apoios à modernização e desenvolvimento empresariais. Desde o PEDIP, passando pelo POE e acabando no PRIME, que as criticas se avolumaram relativamente à aplicação dos fundos da União Europeia nas empresas, destacando-se a má distribuição dos incentivos, os critérios de aprovação dos projectos e, sobretudo, o excessivo tempo destinado à analise das candidaturas, revelando por vezes excessos de burocracia que não se coadunam com a mercado global onde cada vez mais se inserem as empresas portuguesas.
De acordo com a análise efectuada pelo Gabinete Gestor do PRIME, durante a vigência do POE/PRIME, foram atribuídos mais de 5 mil milhões de euros de incentivos a perto de 16 mil projectos de empresas e entidades da envolvente empresarial, contribuindo para a realização de um investimento superior a 18 mil milhões de euros, e criados directa ou indirectamente cerca de 64.000 postos de trabalho. Outro dado relevante na análise efectuada prende-se com o facto de Aveiro ter sido o segundo distrito com o maior número de projectos apoiados, logo depois do Porto e à frente dos distritos de Braga e Lisboa, o que revela a vitalidade e dinamismo que continuam a caracterizar o nosso distrito.
No entanto, uma análise meramente quantitativa não nos permite aferir da correcta ou da melhor aplicação destes fundos. Para além de uma análise dos projectos e das empresas que foram apoiados seria fundamental uma análise dos projectos que não foram apoiados, não por falta de mérito mas sim por falta de dotação orçamental. Seguramente que estaríamos perante uma tarefa hercúlea, que poderia inclusive não apresentar resultados muito conclusivos. Convém não olvidar que os sistemas de incentivo concedem apoios que assumem cada vez mais a figura de empréstimos reembolsáveis, são ao fim ao cabo financiamentos ou melhores condições para a sua obtenção.
Por outro lado, já ficou provado que diversos projectos, mesmo que pequenos, realizados com eficácia e qualidade renderam frutos quer a nível interno quer internacionalmente, pelo que o incentivo que poderá ser dado com a realização de candidaturas a fundos comunitários, apesar de não ser a panaceia de todos os males de uma empresa ou entidade como alguns pensam, pode contribuir no caminho da Excelência
Será então um balanço positivo ou um menos mau? A resposta poderá não ser tão importante como a atenção que deve ser dada aos novos sistemas de incentivos do QREN, que surgirão brevemente, com critérios mais objectivos, com projectos bem estruturados e sobretudo com uma maior celeridade na análise das candidaturas. Por outro lado, a crescente exigência dos critérios de avaliação dos projectos recomenda que os mesmos sejam preparados com a antecipação necessária, que sejam estudadas todas as soluções e alternativas, tornando-se pois altura de começar a trabalhar efectivamente e consistentemente em parceria, empresas e consultores.
A nossa missão conjunta, dos diversos agentes económicos entenda-se, passa também por não dar razão a quem afirma que os fundos comunitários seguem a nossa História de desperdícios seculares, desde a Pimenta da Índia ao Ouro do Brasil.

Gustavo Tavares
Coordenador da Área de "Projectos & Investimentos" da HM Consultores

Parceria Estratégica

A divulgação dos recentes indicadores do primeiro trimestre deste ano para a economia Portuguesa, e as expectativas que irão ser criadas pela aplicação do próximo Quadro Comunitário – QREN no contexto da reanimação da economia, estão na base da parceria estratégica que a nossa empresa de consultoria de gestão e negócios (HM Consultores) realizou com o Diário de Aveiro, órgão prestigiado de comunicação social desta região.
Neste sentido, iremos publicar, com periodicidade, no Suplemento da Economia do Diário de Aveiro, bem como no seu jornal diário, toda a informação relevante, de noticias e acontecimentos, bem como artigos de opinião que, pela sua natureza e contexto económico, social e empresarial, decerto interessarão a todos os leitores deste jornal, designadamente àqueles que convivem diariamente, nas suas empresas e organizações, com funções de gestão e decisão, de estratégica e organização.
Com efeito, será dado um enfoque especial às áreas de “Projectos & Investimentos”, “Formação” e “Inovação” no âmbito da aplicação do Quadro Comunitário, procurando-se incidir nos sectores de actividade dominantes neste distrito.
É igualmente nossa intenção poder vir a destacar, ao nível empresarial, factos que, pela sua natureza, novidade e relevância, influem directamente no desempenho, produtividade e crescimento da actividade empresarial.
As áreas de “Corporate Finance”, Fusões e Aquisições, Qualidade, Segurança Alimentar, Ambiente, Desempenho Organizacional, Marketing e Design, juntamente com aquelas já referidas, constituem preocupação dominante da nossa actividade e serão assim objecto de intervenção regular, procurando-se sempre um enfoque essencialmente prático, de informação útil e válida.
A HM Consultores possui mais de vinte anos de actividade, situação que nos dá um particular conhecimento, experiência e Know-how sobre as empresas e sua envolvente.
Estas características, em conjugação com os domínios de conhecimento e de prática que actualmente a HM Consultores exerce no âmbito da sua actuação, possibilitam desenvolvermos conteúdos ajustados ao plano económico, empresarial e regional, bem como salvaguardar um selo de garantia e qualidade sobre as matérias que iremos abordar e desenvolver.


Humberto Martinho
Administrador da HM Consultores